Manda quem pode obedece quem tem juízo!

Donald Trump usou as redes sociais para atacar a decisão do governo colombiano em negar a entrada de voos americanos com deportados colombianos. Trump fez imposição de sanções e tarifas sobre a Colômbia, alegando que o presidente Gustavo Petro teria colocado em risco a segurança nacional dos Estados Unidos. Em uma publicação na Truth Social neste domingo (26), o presidente americano afirmara que os EUA aplicariam tarifas emergenciais de 25% sobre todos os produtos colombianos que entram no país, aumentando essa taxa para 50% em uma semana.

Com essa ameaça, o governo colombiano voltou atrás e agora prepara uma forma de conduzir a repatriação que garanta “condições dignas” aos colombianos que voltarão ao país sul-americano em razão da deportação.

Aqui fica muito claro que, em uma negociação, seja ela qual for, existe o poder de barganha como principal força decisória. Um dos lados provavelmente sempre terá mais do que o outro, fazendo com que essa balança seja muito ou pouco desequilibrada. A questão aqui é muito clara: faltou ao governo colombiano entender o seu lado da negociação para não passar por uma situação como esta. Faltou avaliar bem, antes de qualquer tipo de declaração por parte do governo, os riscos a que tal declaração estaria sujeita.

Me surpreende muito que um governo e, em muitos casos, como já escrevi aqui sobre o Carrefour e seu CEO, não tem esse discernimento para fazer esta prévia avaliação. Veja, imagine você sendo surpreendido por algum tipo de negociação que tenha que ser feita na sua vida particular ou até mesmo na sua vida profissional. O mínimo que você precisa fazer é se preparar para ela, ou seja, avaliar de que lado você está e se você tem mais poder de barganha ou não. Esse é o básico.

Se estiver do lado que tem mais poder de barganha, seu interesse em negociar é menor, você quer impor seus interesses. Porém, é inteligente da sua parte ter clareza de que, em muitos casos, o jogo muda e, com isso, é importante pensar nas relações e em como você irá conduzir essa negociação, mesmo tendo vantagem.

Já do lado mais fraco, cabe a criatividade: entender os seus e os interesses do outro para propor formas de fazer isso de maneira equilibrada, sem que você tenha que ceder tudo e a outra parte nada. E isso se faz com estudo, controle emocional, com capacidade de se relacionar com as pessoas, por mais que sejam contrárias a tudo que você pensa.

Isso me faz lembrar também de uma conversa que tive com uma colaboradora da agência que resolvia seus problemas de relacionamento se afastando das pessoas que a desagradavam. Não é que isso esteja errado, mas acredito que isso não te prepara para as milhares de negociações que ela ainda irá passar na vida. E, mesmo que ela não queira, terá que lidar com pessoas que ela não gosta ou que têm pensamentos muito diferentes do dela, seja em qualquer esfera. E isso não é uma coisa só dela; parece ser uma tendência dos mais jovens: não enfrentar os problemas e simplesmente se afastar.

Isso não te prepara e faz você perder oportunidades de conhecer pessoas que vão te ensinar, talvez, outras coisas que você nem imagine. Equilibre seu lado emocional com o racional o máximo possível. Analise bem as situações antes de tomar qualquer decisão. Não faça como Petro e Trump, que só disputaram uma queda de braço irracional.

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