A Jaguar anunciou um rebranding ousado, marcando uma nova era focada no conceito de “Modernismo Exuberante”. A estratégia inclui uma mudança drástica em sua identidade visual e filosófica, abandonando tradições em favor de uma estética moderna, vibrante e artística. Isso inclui um logotipo reimaginado, com linhas mais angulares e uma nova paleta de cores, além de um posicionamento mais alinhado à sua futura linha de veículos 100% elétricos, prevista para lançamento em 2026.
A marca busca atrair um público mais jovem e diversificado, reposicionando-se no mercado de luxo ultra-premium, com preços que rivalizam marcas como Bentley. Apesar do risco de alienar clientes tradicionais, a Jaguar aposta na inovação para revitalizar suas vendas e reafirmar sua originalidade no mercado automotivo global.
O rebranding será apresentado oficialmente durante a Miami Art Week, com a introdução de um conceito de design que une modernidade e tradição.
Porém a marca ainda nem foi lançada mas já gerou polêmica. Tanto em relação a mudança drástica quando a nova marca em si.
Em entrevista ao portal UOL, Bernardo Luizello, dono de automóveis da marca há 58 anos, reconhece que apesar do retrospecto mutante da Jaguar, ele também está achando a mudança radical demais.
“A princípio foi um tremendo susto nos fãs de Jaguar do mundo inteiro. Todos ficaram chocados com essa novidade toda. Por outro lado, em sua longa existência, já houve sete momentos em que a Jaguar teve que mudar tudo e dar um salto à frente. Fabricava sidecars antes de fazer carros, trocou seu antigo nome, SS Cars, para não ser associada ao nazismo, ganhou fama mundial como vencedora em Le Mans, foi estatizada juntamente com outras marcas britânicas, foi privatizada na Era Thatcher, foi vendida de surpresa à Ford e, depois, à Tata”.
O principal objetivo está centrado no lançamento de carros elétricos da Jaguar e por isso, esse movimento todo para que este relançamento da Jaguar represente reimaginar radicalmente a marca, como uma marca de luxo centrada nos elétricos.
Mesmo que a campanha tenha sucesso, uma coisa é certa. A Jaguar deixará de ser Jaguar, uma marca tradicional de carros esportivos que perde sua essência e personalidade com toda essa reinvenção.